Em 2010 conseguimos mobilizar um Centro Acadêmico do curso de Dança na FAP: reunir alunos interessados, elaborar um estatuto, aprová-lo e realizar as eleições. Fizemos várias reuniões durante o ano – infelizmente com praticamente nenhuma participação dos alunos do curso.
No segundo semestre tentamos organizar, juntamente com o CAMT (CA de Musicoterapia), CAZÉ (CA Zé do Caixão – Cinema) e CA Waltel Branco (Música Popular), um debate entre os alunos da FAP e os candidatos à governador do Paraná. Porém, percebemos que ainda não estávamos preparados para articular um evento dessa dimensão, tanto por desarticulação do CADAN quanto entre os CAs. No entanto, a experiência nos permitiu observar uma situação muito séria na FAP: há em alguns funcionários o sentimento de posse da instituição, no sentido de decidir o que será feito de suas dependências sem a questão ter sido discutida pela faculdade e oficialmente determinada. Isso nos faz duvidar dos objetivos das estruturas da instituição, pois, por vezes, nos parece que a preservação preciosista dos espaços é mais importante do que a ação e mobilização dos estudantes.
No segundo semestre também ocorreu, no interior da diretoria do CA, um desinteresse geral que nos levou a refletir o que significa a existência desse centro acadêmico. Percebemos que a dificuldade é normal, já que não temos uma referência de “o que é ser CADAN”. Então entendemos que a função de um CA é basicamente articular os alunos do curso no (que chamamos de) micro e macro – e todas as relações que daí surgem. Isso significa dentro da instituição (micro / chamando atenção e tentando resolver os problemas de estrutura, participando de reuniões e aumentando a força de importância das questões individuais dos alunos com o colegiado e direção) e com o mundo (macro / a dança para além da graduação, contextualizada e o tempo todo em relação com tudo: a dança, o artista e o homem no mundo).
Para 2011, pretendemos registrar nosso estatuto – que se mostrou uma questão mais complexa do que imaginávamos –, movimentar este blog, estar presente na elaboração da semana do calouro, organizar eventos, arranjar um espaço (físico – uma sala, um buraco, uma casinha) dentro da FAP, criar um símbolo (um desenho que represente o CADAN), entrar em contato com alunos de cursos de dança de outras cidades e aumentar a participação do CA no cotidiano dos acadêmicos de dança.
Naiana Sato, em nome da diretoria Dançando contra o vento
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